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Mestre Nena: um filho do barro

Quando menino, Nena morava com os avós no bairro do Mauriti, então um proeminente centro oleiro no centro do Cabo. Ajudava na produção dos mais velhos, raspando tijolos. Aos onze, começou a moldar suas quartinhas. "A cerâmica era uma coisa feita para o povo que vivia nos engenhos, que nem tinha geladeira e precisava de pote para água. Não tinha a valorização de hoje”.

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Nena largou o colégio se assumiu oleiro. "Parei de estudar para ajudar a família". Na época, ele tinha o afamado Mestre Celé como referência. "E se Celé foi meu pai no barro, meu padrinho foi o projeto Imaginário Pernambucano, da Universidade Federal de Pernambuco”, ele diz. “Nos anos 1990, a cerâmica estava quase morrendo. Celé engajou todo mundo nesse projeto. Foi ele quem convenceu a ouvir os professores para modernizar nossa cerâmica".

As inovações técnicas da universidade trouxeram não apenas aportes estéticos, mas pragmatismo na produção. A queima passou a ter precisão. As peças passaram a ser vitrificadas com esmalte cerâmico. Sua imaginação se soltou: uma de suas criações recorrentes traz formas estelares inspiradas nos ouriços do Cabo de Santo Agostinho. Imaginosa, a obra de Nena confirma como o contemporâneo aduba a tradição.

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