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Marcos de Sertânia: Um inventor do sertão

Filho de seu Severino com dona Maria José Lau, Marcos de Sertânia teve em casa os primeiros contatos com a prática escultórica. Além de utensílios para uso doméstico, a família imprimia na madeira pequenas figuras de bois e animais de pastoreio. Aos 12 anos, vendia esculturas na feira.

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Marcos começou a atuar como uma espécie de cronista da madeira. “A gente trabalhava no campo, cuidando de animais e da lavoura. E achava bonita a figura do homem, mesmo na pobreza, a magreza, o jeito de se comportar, de se vestir. Queria passar isso para as figuras.” De tom crítico e observador, ele passaria a dramatizar as agruras do semiárido em figuras humanas longilíneas, alongadas.  

Expressionistas nos gestos, conjuntos e personagens de famílias de retirantes: o 

homem, a mulher, duas crianças e o indefectível cachorro magricela atrás da parentela desassistida. Figura animal, aliás, celebrizada pela literatura de outro nordestino, o alagoano Graciliano Ramos que, com seu Vidas Secas, deu ao Brasil a imagética definitiva de um Nordeste em eterna purgação pelo sol inclemente. Como o velho Graça, Marcos de Sertânia é um dos criadores desse sertão que passaria a morar no imaginário brasileiro.

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